Imortalizados pelas mãos de gigantes como Toulouse-Lautrec, Alphonse Mucha, Jules Chéret e Leonetto Cappiello, os cartazes voltados à divulgação de produtos e eventos também guardam, em suas linhas e cores, muito da história da publicidade.
Dos idos da Art Nouveau à era da computação gráfica o poster sempre foi capaz de unir, de forma harmônica, arte e publicidade, fruição da obra e percepção imediata. Apesar de integrado à paisagem urbana das grandes cidades, o cartaz guarda um quê de glamour e, livre da designação de "arte menor", ainda chama para si muitos nomes consagrados da propaganda e das artes plásticas.
Os cartazes apresentam uma progressiva integração de texto e imagem, fazendo com que esses elementos se relacionem de modo unificado. Além disso, as reproduções têm um formato relativamente grande, o que permite a contemplação simultânea de vários espectadores. "O cartaz possibilita a apreciação estética, mesmo que dure pouco, e a captação de uma mensagem.
Os pioneiros
Jules Chéret (1836-1932) foi pioneiro na criação sistemática de grandes cartazes litográficos em cores. Ele utilizava suas próprias prensas - não mandava suas peças para uma gráfica porque era um litógrafo - e desenhava sobre a pedra litográfica.
Mucha foi aprimorando-se cada vez mais tecnicamente e, combinando motivos japoneses, celtas e bizantinos, foi ao encontro do gosto popular e da cultura cotidiana da época. Seus cartazes viraram sensação e marcaram o começou da Art Nouveau.
Idioma popular
O grande rompimento, contudo, vem mesmo com Lautrec, que, com seu espírito inovador, passa a tratar o cartaz como um mural e consegue captar e traduzir o idioma gráfico popular. A habilidade de seu desenho e a sugestão tridimensional de sua obra (exemplos marcantes são "Bal Valentin", 1868; "Les Girard", 1879; "Carnaval, 1884"; e o cartaz para o Teatro de la Opera, de 1893) causou impacto e fez escola.Nos 31 cartazes que produziu, fica acentuado o elemento caricatural e gráfico, concedendo ao objeto publicitário uma importância secundária, ou seja, ele descobriu uma forma sutil de integrar ao máximo propaganda e obra de arte. "Lautrec não tinha preconceitos ou censura. Desprendido, não considerava o cartaz como algo menor. Ele dava o mesmo status para todo tipo de produção artística e acabou criando elementos conceituais que permanecem na propaganda".
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